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Escrito por:
Dr. Leandro Lemos
Tempo de leitura: 9 minutos
Entenda o que é o carcinoma e sua relação com o câncer

Entenda o que é o carcinoma e sua relação com o câncer

Receber um diagnóstico de câncer desperta muitas perguntas. Em alguns casos, a palavra carcinoma aparece antes mesmo de qualquer explicação. 

Por isso, entender o que ela representa é um passo importante para lidar com o processo de cuidado de forma mais consciente e tranquila.

Neste artigo, você vai entender o que é o carcinoma, porque ele está entre os tipos mais comuns de câncer e como diferentes formas da doença podem se manifestar. Continue a leitura!

O que é carcinoma?

O carcinoma é um tipo de câncer que tem origem nos tecidos epiteliais — aqueles que revestem a pele, os órgãos internos e algumas mucosas.

Essas células estão presentes em várias partes do corpo e, quando sofrem alterações, podem dar origem a diferentes tipos de tumor.

Segundo o INCA, os tipos de câncer variam conforme o tecido onde começam. 

Quando surgem nos tecidos epiteliais, recebem o nome de carcinomas. Já os tumores que se iniciam em tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados de sarcomas.

Sendo assim, o carcinoma é um dos tipos mais frequentes, especialmente por afetar regiões do corpo mais expostas ou sensíveis a fatores ambientais e hormonais. Ele pode surgir na pele, no fígado, nos pulmões, nas mamas, entre outros locais.

Neste sentido, o acompanhamento médico regular, combinado à atenção aos sinais do corpo, é essencial para que esse tipo de câncer seja identificado precocemente e tratado com mais clareza e cuidado.

Quais são os tipos de carcinomas?

Existem diferentes tipos de carcinoma, classificados de acordo com o local de origem e as características das células afetadas.

Conhecer essas variações é essencial para definir o tratamento adequado e entender o comportamento da doença.

Carcinoma basocelular

Carcinoma basocelular

Carcinoma basocelular

É o tipo mais comum de câncer de pele. Surge geralmente em áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e couro cabeludo, e se desenvolve lentamente. 

Costuma apresentar aparência de ferida que não cicatriza, mancha avermelhada ou nódulo brilhante.

Apesar de raramente causar metástase, o carcinoma basocelular precisa ser tratado precocemente para evitar lesões extensas ou deformações. A principal causa é a exposição solar crônica e sem proteção.

Carcinoma espinocelular (ou de células escamosas)

Também relacionado ao câncer de pele, o carcinoma espinocelular, ou carcinoma epidermóide, acomete as células escamosas, que formam as camadas mais externas da pele e também revestem órgãos como esôfago, pulmões e trato genital.

Esse tipo de câncer pode surgir em feridas que não cicatrizam, lesões ásperas, com crostas ou descamações. 

Diferente do basocelular, possui maior risco de disseminação para linfonodos e outros órgãos, principalmente se não tratado a tempo.

Adenocarcinoma

O adenocarcinoma é um tipo de carcinoma que se origina nas células glandulares, ou seja, aquelas que produzem secreções no corpo, como muco ou hormônios.

Ele pode acometer diversas regiões e é o subtipo mais comum nos seguintes locias:

  • Mama
  • Próstata
  • Cólon e reto
  • Estômago
  • Pulmão

Seu comportamento varia conforme o estágio, o local de origem e o grau de diferenciação das células tumorais.

Carcinoma hepático

O carcinoma que afeta o fígado, chamado carcinoma hepatocelular, é o tipo mais comum de câncer primário desse órgão. 

Ele está geralmente relacionado a doenças hepáticas prévias, como hepatites virais (B ou C), cirrose e esteatose hepática.

Esse tipo de câncer também tende a se desenvolver de forma silenciosa

Por isso, pessoas com fatores de risco devem realizar acompanhamento periódico, com exames de imagem e dosagem de marcadores como a alfafetoproteína (AFP).

A detecção precoce é importante para avaliar a possibilidade de cirurgia, transplante hepático ou terapias localizadas, que buscam preservar a função do fígado e controlar o crescimento do tumor.

Carcinoma papilífero

O carcinoma papilífero da tireoide é o subtipo mais comum entre os tumores malignos da glândula. 

Ele costuma evoluir lentamente e, quando diagnosticado em fases iniciais, tem ótimas perspectivas de tratamento.

Esse tipo de carcinoma é mais frequente em mulheres entre 30 e 50 anos e pode se manifestar como um nódulo indolor na parte anterior do pescoço. Em alguns casos, também há alteração na voz ou dificuldade para engolir.

Sendo assim, o acompanhamento com endocrinologista e a realização de ultrassonografias de rotina são estratégias importantes para investigar alterações na tireoide. 

Quando necessário, exames complementares como a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) ajudam na definição do diagnóstico.

Carcinoma in situ

Quando falamos em carcinoma, é importante entender que nem todo diagnóstico indica um tumor que já se espalhou. Em muitos casos, a alteração celular está restrita à camada mais superficial do tecido, sem atingir estruturas mais profundas. Esse é o caso do carcinoma in situ.

Trata-se de uma forma muito inicial do câncer, em que as células com mutações genéticas ainda não invadiram outros tecidos ao redor. 

É como se o problema estivesse localizado em um “ponto de partida”, oferecendo uma oportunidade valiosa de cuidado e acompanhamento antes que haja maior comprometimento.

Por isso, o carcinoma in situ costuma ter uma resposta muito positiva quando identificado precocemente, especialmente em locais como mama, colo do útero, pele e bexiga.

Diferente do carcinoma invasivo — quando as células alteradas já atravessaram a barreira do tecido de origem e podem comprometer outras áreas — o carcinoma in situ está confinado. Ele ainda não invadiu tecidos adjacentes, nem se espalhou pelo corpo.

Mesmo assim, esse tipo de alteração merece atenção e cuidado coordenado

O acompanhamento com uma equipe especializada, aliando exames periódicos e condutas integradas, é fundamental para monitorar a evolução e decidir, com clareza e acolhimento, os próximos passos.

Na Croma Oncologia, esse cuidado acontece em uma linha de cuidado estruturada, que conecta profissionais, diagnósticos e condutas clínicas visando proporcionar uma experiência mais segura e centrada na pessoa.

Por isso, algumas atitudes simples podem fazer diferença na detecção precoce do carcinoma in situ:

  • Esteja em dia com seus exames preventivos, como mamografia, Papanicolau e colonoscopia.
  • Converse com sua médica ou médico de confiança sobre seus antecedentes e fatores de risco.
  • Fique atento a alterações no corpo, mesmo que pequenas ou sem dor.
  • Valorize a escuta acolhedora, pois como a informação é recebida e compartilhada também impacta o cuidado.

A importância do diagnóstico precoce

Quando falamos em tratamento oncológico, o tempo conta. Mais do que isso, o tempo aliado à informação e ao cuidado coordenado pode transformar completamente o percurso de quem recebe um diagnóstico.

No caso dos carcinomas, especialmente, o diagnóstico precoce tem papel decisivo. Para alguns tipos — como câncer de mama, câncer de colo do útero, câncer de cólon e reto e câncer de pulmão — já existem programas estruturados de rastreamento e, em certos casos, estratégias preventivas bem definidas, como a vacinação contra o HPV e a realização periódica de exames como mamografia, Papanicolau e colonoscopia.

Essa abordagem permite que as alterações sejam identificadas ainda em estágio inicial — muitas vezes, quando estão localizadas em regiões com menor risco de comprometimento de outros tecidos.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a detecção precoce é uma estratégia essencial para aumentar as possibilidades de tratamento com menor impacto físico e emocional, além de contribuir para a preservação da qualidade de vida da pessoa em cuidado oncológico.

Na Croma Oncologia, defendemos um modelo que valoriza o diagnóstico precoce como parte essencial da linha de cuidado. 

Isso significa acolher o paciente com escuta ativa, atuar com agilidade e construir um plano de cuidado que leve em conta a individualidade de cada caso.

A Croma Oncologia

A Croma Oncologia

A Croma Oncologia

Na Croma Oncologia, acreditamos que o cuidado começa com escuta e presença.

Por isso, nosso modelo é construído com base em uma linha de cuidado coordenada e acolhedora, que integra exames, diagnóstico, tratamentos e acompanhamento pós-terapêutico de forma humanizada e clara.

Dessa forma, é possível proporcionar uma experiência diferenciada ao paciente oncológico, com um plano de atenção que respeita o tempo e as necessidades de cada pessoa.

Além disso, contamos com uma equipe multiprofissional especializada — formada por médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais — que atuam em conjunto para oferecer suporte completo e atencioso.

Assista o vídeo abaixo e conheça nossa perspectiva para o cuidado oncológico:

Conclusão

Conhecer o que é um carcinoma, identificar sintomas e compreender a importância do diagnóstico precoce são passos essenciais para transformar o cuidado em saúde.

Na Croma, atuamos com sensibilidade, conhecimento e responsabilidade, sempre com foco no bem-estar da pessoa.

Mais do que oferecer tratamentos, queremos estar presentes, orientando e cuidando com empatia e respeito em cada etapa.

Se você ou alguém próximo está em busca de um acompanhamento mais humano, com escuta ativa e profissionais especializados, conte com a Croma Oncologia.

Referências

INCA – Detecção precoce do câncer de mama
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/acoes/deteccao-precoce

INCA – O que é câncer
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/o-que-e-cancer

INCA – Capítulo 1: Câncer de colo uterino (Seminário de Radioterapia)
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/seminario-radioterapia-capitulo-um-cancer-de-colo-uterino.pdf

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Proteja-se do câncer de tireoide
https://www.endocrino.org.br/proteja-se-do-cancer-de-tireoide/

INCA – Câncer de fígado
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/figado

INCA – Detecção precoce do câncer de mama
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/acoes/deteccao-precoce

Responsável Técnico: Leandro Veloso Maia Lemos - CRM 172492 / RQE 73527

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