Foto do autor
Escrito por:
Dr. Rodrigo Coutinho
Tempo de leitura: 4 minutos

O movimento Novembro Azul, iniciado em 2003 na Austrália, ganhou força no Brasil como um chamado à prevenção e ao diagnóstico precoce das doenças que mais afetam os homens, principalmente o câncer de próstata.

A campanha vai além da doença, é um lembrete da importância de os homens cuidarem da saúde de forma integral, adotando hábitos saudáveis, realizando exames preventivos regularmente e ficando atentos aos sinais do próprio corpo ao longo da vida.

Apesar de ser uma das principais causas de morte por câncer entre homens, a doença ainda enfrenta barreiras culturais que atrasam a detecção e comprometem o tratamento.

Como prevenir o câncer de próstata

No Brasil, o câncer de próstata é um dos principais desafios da saúde masculina. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), são registrados cerca de 71 mil novos casos a cada ano, com quase 16 mil mortes. O risco aumenta a partir dos 50 anos, mas certos grupos precisam ficar ainda mais atentos.

Homens com ascendência africana, histórico familiar ou mutações genéticas de risco devem começar a conversar com o médico sobre exames preventivos a partir dos 45 anos.

Embora casos em homens mais jovens sejam raros, fatores como obesidade, tabagismo e sedentarismo também podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença. Por isso, adotar hábitos saudáveis — manter o peso adequado, praticar atividades físicas, alimentar-se de forma equilibrada e evitar o cigarro — é uma forma eficaz de reduzir os riscos.

Mais do que prevenção, é preciso vencer o preconceito e a desinformação que ainda afastam muitos homens do consultório. Portanto, estar atento aos sinais do corpo e buscar avaliação médica regular é essencial para o diagnóstico precoce e para um cuidado contínuo e transformador.

Quais são os exames para detectar o câncer de próstata?

Detectar o câncer de próstata precocemente depende de exames simples e rápidos. O PSA é um exame de sangue que mede uma proteína que pode indicar alterações na glândula. Já o toque retal permite avaliar o tamanho e a textura da próstata, e dura apenas cerca de sete segundos. 

Diferentemente de outros exames preventivos, não há recomendação para rastreamento universal; a decisão sobre realizá-los deve ser compartilhada entre o paciente e o médico, considerando riscos, benefícios e a situação individual.

O tratamento varia conforme o estágio da doença. Casos iniciais podem adotar a vigilância ativa, acompanhando o tumor com exames regulares antes de intervenções mais invasivas.
Quando necessário, o tratamento inclui cirurgia, radioterapia ou hormonioterapia, e técnicas minimamente invasivas, como a robótica, reduzem complicações e aceleram a recuperação. Quanto mais cedo o diagnóstico, menores os impactos na qualidade de vida.

Sintomas do câncer de próstata

Na maioria dos casos, especialmente nos estágios iniciais, o câncer de próstata não provoca sintomas perceptíveis. 

Quando surgem, os sintomas podem incluir:

  • Dificuldade para urinar (jato fraco ou necessidade frequente de ir ao banheiro)
  • Dor óssea persistente
  • Perda de peso 
  • Sangue na urina

Por isso, mesmo na ausência de sintomas, manter o acompanhamento médico é indispensável.

A importância do cuidado contínuo

O Novembro Azul vai além de uma campanha anual. Ele é um convite para transformar a percepção sobre a saúde masculina, quebrar tabus e incentivar o homem a assumir o protagonismo do próprio cuidado, com atenção integral e baseada em informação.

O diagnóstico precoce é apenas o primeiro passo. Por isso, o acompanhamento regular com uma equipe especializada permite avaliar o melhor momento para cada decisão terapêutica e acompanhar o bem-estar integral do paciente.

Na Croma Oncologia, cada jornada é acompanhada de forma coordenada, humana e baseada em evidências, garantindo que o cuidado vá além do tratamento — e chegue à transformação da vida.

Dr. Rodrigo Coutinho é médico oncologista da Croma Oncologia, rede de saúde especializada que apresenta um modelo inédito de gestão da jornada oncológica. 

Responsável Técnico: Leandro Veloso Maia Lemos - CRM 172492 / RQE 73527

Compartilhar: