
Durante o verão, é natural buscar o sol, seja em momentos de lazer, viagens ou atividades ao ar livre. Mas é justamente nesse período que cresce o alerta para um tema essencial: o câncer de pele.
O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. E dentro desse cenário, o melanoma merece atenção especial.
O melanoma é o tipo mais agressivo, pois pode se espalhar rapidamente para outros órgãos quando não identificado em estágios iniciais. Por isso, conhecer os sinais, adotar medidas de proteção e buscar avaliação médica ao notar qualquer alteração na pele são atitudes que podem fazer toda a diferença.
Câncer de pele: não melanoma e melanoma
Não melanoma
É o tipo mais frequente no Brasil e se origina a partir da multiplicação anormal das células da pele, que não são melanócitos. Embora seja mais comum, costuma ter ótima resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado precocemente.
Os tumores mais representativos desse grupo são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular.
Carcinoma basocelular: é o mais recorrente, responsável por cerca de 80% dos casos.
Geralmente surge em regiões do rosto mais expostas ao sol e aparece como uma lesão avermelhada, brilhante ou com crosta central.
Carcinoma espinocelular: tende a se desenvolver nas camadas superiores da pele, manifestando-se como uma ferida espessa e descamativa, que pode sangrar e não cicatrizar.
Apesar de raramente se espalharem para outros órgãos, esses tumores reforçam a importância da atenção às mudanças na pele e do acompanhamento dermatológico regular, atitudes simples que garantem um cuidado oncológico mais seguro e eficaz.
Melanoma
O melanoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Ele pode surgir em áreas de pele saudável ou se desenvolver a partir de pintas já existentes.
Embora o melanoma seja menos frequente, é o tipo com maior potencial de disseminação para outros órgãos.
Sinais de alerta: o que observar na sua pele
O melanoma pode surgir em uma pinta já existente ou em uma nova. Portanto, observar o próprio corpo e perceber mudanças no formato, cor ou tamanho é essencial. Os sinais incluem:
- Assimetria: Metade da pinta é diferente da outra metade.
- Bordas: Bordas irregulares ou mal definidas.
- Cor: Variação de cores (tons de marrom, preto, vermelho, branco ou azul).
- Diâmetro: Lesões com mais de 6 milímetros.
- Evolução: Mudanças ao longo do tempo em forma, cor ou relevo.
Além disso, fique atento a:
- Feridas que não cicatrizam.
- Pintas que coçam, sangram ou causam desconforto.
- Alterações em pintas existentes.
Nem todo melanoma segue essas características. Alguns podem ser amelanóticos (sem pigmentação escura), por isso, qualquer alteração persistente na pele deve ser avaliada por um médico.
Como prevenir o câncer de pele?
Nos meses mais quentes, passamos mais tempo ao ar livre, frequentamos praias, piscinas e áreas expostas ao sol. Essa maior exposição à radiação ultravioleta (UV) aumenta os riscos de danos à pele, esses danos podem se acumular ao longo dos anos e resultar no desenvolvimento de câncer.
Entre os principais cuidados recomendados por dermatologistas e oncologistas, estão:
- Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, quando a radiação ultravioleta é mais intensa;
- Aplicar protetor solar com FPS adequado todos os dias, mesmo em dias nublados;
- Usar chapéus ou bonés, óculos de sol, roupas protetoras e buscar áreas sombreadas;
A radiação UV é o principal fator de risco para o câncer de pele. Por isso, a proteção solar não é apenas uma questão estética, mas de saúde.
Fatores de risco: quem precisa ter atenção redobrada?
Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver melanoma, como:
- Pele clara, olhos claros, cabelos loiros ou ruivos.
- Histórico de queimaduras solares intensas, especialmente na infância.
- Histórico pessoal ou familiar de câncer de pele.
- Uso de câmaras de bronzeamento artificial.
Mesmo pessoas com pele mais escura não estão isentas de risco, o melanoma pode surgir em áreas menos expostas ao sol, como palmas das mãos, plantas dos pés e unhas.
A importância do acompanhamento médico
O verão é uma estação de sol, leveza e alegria, mas também um momento de cuidado redobrado com a saúde da pele. Adotar medidas de proteção e estar atento aos sinais do próprio corpo são atitudes simples, mas que podem fazer toda a diferença.
Por isso, não subestime manchas, pintas ou lesões que mudam de aparência. Procure orientação médica, faça o acompanhamento dermatológico regular e proteja-se todos os dias.
Na Croma Oncologia, o cuidado é coordenado desde a primeira avaliação até o acompanhamento pós-tratamento, sempre com foco na experiência humana e na escuta atenta. Mais do que tratar o câncer, o compromisso da Croma Oncologia é transformar a forma como o cuidado oncológico é vivido — com informação, acolhimento e acompanhamento contínuo.
Proteger-se deve ser parte da rotina e não apenas durante o verão. Cuidar da sua pele é cuidar da sua saúde.